quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Palavrões

“'Paixão', por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de transmitir toda a carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo 'puta que o pariu' a história é outra."

"Hoje ninguém se lembra mais de “caralho” como sendo a cestinha que ficava no alto do mastro dos navios, ou “boceta” como uma caixa pequena e redonda."

Estas pérolas são parte de uma reportagem ótima que vocês podem ver aqui.

Palavrões são cultura, e por isso quem me conhece sabe que sou culto pra caralho!!!

E pra quem não fala palavrão... Vocês são uns COITADOS!! (leiam para entender...)

Grandes e gordos puta que o parius para todos!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Tempos de mudança

Bem, se são tempos de mudança, nada melhor do que renovar velho Santuário também. Ok, estou fazendo isso só porque depois da sua tentativa de "modernização", o Weblogger ficou uma verdadeira merda. Mas ainda vou mantê-lo por lá enquanto der, pois não estou a fim de perder algumas coisas que escrevi desde agosto de 2003.

Sim, o Santuário estava quase morto, depois de apresentar um último estrebuchar no ano passado. Não sei se será diferente aqui. Os contos tenho postado no Duelo de Escritores. Poesias e ensaios, neca ultimamente. Mas dêem uma nova chance ao pobre Santuário, mesmo que não haja mais até duas postagens por dia, como nos primeiros tempos.

Pra não começar só na enrolação, deixo para vocês um texto que não é meu. Foi copiado do perfil do Orkut de um amigo que copiou de outro cara e por aí vai. Adoraria saber o autor, pois poucas vezes vi alguém escrever com tanta força sobre a rotina insana do homem moderno...

* * *

"Vocês já deram uma panorâmica da vida que tá aí fora? Se prepara: nego acorda seis da manhã, com medo de abrir os olhos, pois sabe o que o espera. Passa no pescoço uma forca de seda, engole o pão que o diabo amassou com margarina, fecha a porta de sua gaiola, salta na rua com o medo na cara e um bando de dívidas na pasta 007. Caminha desviando das minas, das trincheiras e das barricadas armadas pela guerra do trânsito. Encaixa o seu cansaço no rabo de uma fila, aloja seu nariz debaixo do sovaco da multidão dentro do ônibus. Transporta sua agonia até o 14º andar onde está colocado um ponto. Bate um cartão que registra a partir de que hora ele começou a morrer naquele dia, larga pro lado seus sonhos, sua vontade, sua pessoa e vira um azougue que sobe, desce, senta, levanta, vai prum lado, vai pro outro, corre, pára, conta, vira e mexe e baixa a cabeça. Engole um filé frito no suor e na intolerância, fecha de novo o cadeado de sua cela e recolhe seu sangue, os nervos, sua energia, enfaixa tudo com arame farpado e joga tudo dentro de um forno de papel, de faturas, projetos que irão queimar energias, mais sonhos, mais vontades. Depois abre a cela da prisão, o ponto registra, cadastra e prova pra quem duvidar que, você, naquele dia, morreu a quantidade prevista pelos códigos e regulamentos que governam a vida dos homens. Recolhe o que sobrou de humano no teu corpo e entra no cinema, onde vão lhe oferecer numa tela uma fatia de vida cor-de-rosa, amarela, azul, que eles recolheram não sei de onde, mas que vai reconciliar o nego de novo com o sonho, de novo com a vontade, de novo com o dia seguinte, de novo com a escravidão. E eu, sabendo disso tudo, vou deixar de sonhar? Vou não. Não vou de jeito nenhum..."