quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Rebolando pelado na corda bamba

Se você imaginou a cena descrita no título, meus pêsames.

O sonho acabou. A vida de mestrando-bolsista-teórico-filosófico chegou ao seu fim. Infelizmente não dá para passar a vida toda podendo fazer os seus horários, trabalhar o dia e a hora em que quiser. Embora haja o risco de uma vida assim levar ao grande ócio, não deixou de ser um ano produtivo. Artigos publicados, disciplinas feitas, participação em bancas, dissertação escrita, boa produção literária e, por que não incluir, uma boa dose de lazer. Só faltou atividade física no segundo semestre, o que está rendendo ao meu corpinho sexy um projeto de barriga.

Agora começa o período de ter que conciliar demandas e atividades da melhor maneira, para viver e sobreviver. Primeiramente, eu, Félix, o suposto misantropo-metaleiro-from-hell, terei o prazer de ser professor de Ciências de uma escola municipal. E com o encargo ainda mais prazeiroso de lidar com quintas séries (e sétimas e oitavas também). com pouca experiência, ainda terei que pular a primeira (e importantíssima) semana de aula para ir apresentar a dissertação em BH semana que vem. Tudo isso ainda com uma consultoria trabalhosa e enrolada para preencher os espaços vagos.

Mas em poucas semanas esse período mais tempestuoso passa e é possível que uma rotina se configure. Mas daí o perrengue será: e o ano que vem? Assinale sua opção:

A) Félix vai se empenhar e ir atrás de um grande doutorado em outro país, em um lugar que ele sonha conhecer.

B) Félix vai se enrolar e pegar um doutorado bom, mas em alguma universidade nacional, indo para algum lugar que ele não sonha tanto assim conhecer.


C) Félix vai abraçar a mediocridade e virar professor de escolinha, vivendo onde ele gosta, mas reclamando da vida e tendo como único sonho ser efetivado.

D) Félix vai ser agraciado por alguma coisa caindo dos céus em seu colo, como uma boa vaga em uma universidade particular, um emprego alternativo (testador de colchão?) ou um atropelamento com indenização vitalícea.

E) Félix vai largar tudo e virar hippie.

Garanto que tem duas opções aí que não me agradariam em nada. E não estou falando do atropelamento...