segunda-feira, 23 de julho de 2012

Felix's Gate II: Shadows of Asia

E uma nova jornada começa! E traz muito mais emoção do que um trocadilho nerd medíocre no título...

Embora seja uma viagem no mesmo estilo, planejar a deste ano foi bem mais complicado do que ano passado, quando passei por poucas cidades, ficando vários dias em cada uma. Desta vez, eu sabia que começaria pela Alemanha de novo, por causa do Wacken. Minha dúvida era entre fazer um roteiro nórdico (que sai da Alemanha via Holanda, passa pela Bélgica e chega no Reino Unido) ou sulista (voltando para o país pelo qual me apaixonei, a Grécia). Felizmente, apareceram as Olimpíadas para resolver a questão. Não que eu não goste do evento, muito pelo contrário, mas para quem quer fazer turismo em um lugar, isso só significaria preços muito mais altos e atrações muito mais lotadas que o usual.

Então, bora para o Mediterrâneo! A idéia de ir quicando pelas ilhas gregas até a Turquia surgiu naturalmente, pois é um caminho bem lógico (e seria sentir um gostinho de leve da Ásia... Tipo uma sombra dela... Entenderam agora? Ahn? Ahn?). Então, tendo mais ou menos definido os países, comecei a ler sobre os locais em guias e internet.

Daí veio o Mal do Turista: comecei a querer desesperadamente ver cada pedaço de templo antigo, construção medieval e museu de velharias que existisse em cada cidade de cada ilha e/ou país. Como deixar de lado a oportunidade de ver Delos, uma micro-ilha ao lado de Mikonos que é um sítio arqueológico por inteiro? E de passear por Santorini, uma gigantesca cratera vulcânica em forma de ilha, ainda ativa e que já destruiu civilizações inteirar com os efeitos de suas erupções? Passar por um lugar realmente lendário como Tróia? Ver as paisagens quase alienígenas da Capadócia? E o remanescente da capital de um império mais antigo do que toda a Antiguidade que a maioria das pessoas conhece, em Hattusa (com satisfação-bônus para quem leu a série "Ramsés")? Sentir o clima de uma das cidades mais importantes de toda a história ocidental/médio-oriental, Bizâncio/Constantinopla/Istambul?

Enfim, para quem é apaixonado por velharias, viajar por aquela região é ver a história viva (ou morta, quebrada e espalhada em pedaços pelo chão, mas vocês entenderam o espírito...). Mas, como a Dilma só me dá um mês de férias, tive que encarar uma dolorosa tarefa de seleção de prioridades e viabilidades.

Isto singificou horas e horas de internet pesquisando meios de transporte e horários, busca esta que, na realidade, se encerrou apenas hoje. Pois tive que descartar um plano inicial, de alugar um carro em dois trechos da parte turca da viagem e sair por aí dirigindo, porque nenhuma empresa de aluguel de carros topa dar um brinquedo na mão de uma criança com menos de um ano de habilitação. Imagino que migués e jeitinhos sejam sempre possíveis, mas não daria para programar os dias de hotel, por exemplo, correndo o risco de depois mudar tudo em cima da hora. Felizes daqueles que acham legal só se mandar e pensar em tudo apenas na hora, não os neuróticos que preferem diminuir ao máximo o número de escolhas necessárias antes de viajar (ainda mais durante a alta temporada!). Mas, como a parte turca será, no fim, quase toda de busão, posso evitar a paranóia estrita dos horários de avião, e os preços astronômicos do aluguel de carro.

Um ponto importante foi tentar equilibrar um pouco mais as coisas, porque, por mais que eu ame pedras velhas, um mês de pedras velhas cansa. Ano passado passei muito tempo em museus e um pouco mais de variedade cairia bem. Assim, embora cada lugar pelo que eu vá passar tenha algo no mínimo medieval para ver (o que na Europa não tem, não é?), vários outros tipos de curtição estão previstos, desde reencontrar amigos e tomar chopes de litrão em Munique até pegar uns dias de praia nas ilhas.

Depois de idas e vindas, eis que o roteiro final foi reduzido a: Munique (turismo histórico/etílico) - Göttingen (apenas caminho) - Wacken (roquenrou!) - Hamburgo (já que é pertinho do Wacken...) - Atenas (umas horinhas, só para matar a saudade da Acrópole) - Santorini (turismo histórico/praiano/paisagístico) - Rodes (histórico/praiano) - Selçuk (histórico) - Pamukkale (histórico/paisagístico) - Capadócia (histórico/paisagístico) - Ancara (histórico) - Istambul (histórico/cultural).

E lá vamos nós, então. Não sei se terei tanto tempo quanto antes para escrever sobre os locais que passarei, mas farei um esforço, porque, antes de tudo, é um diário de viagem para relembrar das coisas depois. Ainda hoje leio o que escrevi do ano passado. Portanto, mais do que falar para as paredes, escrever em um blog morto-vivo é um registro histórico! Claro, complementado com a usual série de fotos sublinhadas por gracinhas bestas no Facebook, mas daí é só para fazer marra mesmo...

4 comentários:

Rodrigo Oliveira disse...

Meu velho, da hora. Fico felizão pela viagem. Aproveita pacas. Como não vou acompanhar no facebook, passo sempre por aqui pra conferir. Bons ventos.

Fabricio Baumgarten disse...

Boa viagem! Acompanharei fielmente suas postagens! Abraço.

Ademar Rosumek disse...

Boa viagem. Estaremos aompanhando o seu blog. Fica com Deus.
Pai e Mãe.

Gisele disse...

sabes que não falas pras paredes, acompanhar pr aqui é um jeitinho de viajar também!