quarta-feira, 24 de julho de 2013

Fefeleco’s trip parte III: o confronto final

Como em uma trilogia de cinema, chega no inverno o último capítulo da saga de viagens do Félix na Europa. Não, não quer dizer que eu jamais voltarei a enfrentar o olhar sisudo dos alemães ou mergulhar no azul do Egeu. Muito pelo contrário, pois existe a possibilidade de, já no ano que vem ir, para a terra dos ancestrais morar uns bons anos, com o doutorado como descul... uhm, “motivação”.

Entretanto, em matéria de grandes viagens turísticas, vou dar uma sossegada. Há muitos outros lugares a serem desbravados, e outros pontos nos quais investir tempo e recursos. Sim, viajar é um dos melhores investimentos possíveis, e tenho que agradecer aos deuses por ter conseguido fazer tanto em tão pouco tempo. Mas nem salário de servidor público com vida de estudante agüenta uma dessas todo ano. Mesmo porque, assim como o retorno de um rei, a vingança de um Sith ou uma última cruzada, esta terceira parte contará com o maior orçamento da série. Espero que siga o exemplo e seja, também, a melhor de todas!

Não é só a disparada absurda das cotações nos últimos meses a causa do prejuízo, mas também escolhi, inconscientemente, locais naturalmente caros. Menos mal, pois significa que pesariam no bolso em qualquer situação, não só agora. O negócio é ir com bolso cheio, cartão de crédito liberado e um sorriso na cara, para aproveitar ao máximo a nova jornada.

E qual o mapa da aventura? Também sem muito perceber, montei neste ano um roteiro bem viking, uma das culturas mais fascinantes do Velho Mundo, tanto por sua história inicial de paganismo e terror nos corações cristãos medievais, quanto pelo seu momento posterior de desbravamento de novas terras, chegando tão longe quanto a América séculos antes de qualquer português esticar o pescoço além da costa européia.

Tudo começa na ponte aérea Floripa-Copenhague. A Dinamarca foi escolha fácil, considerando a proximidade com o Wacken e o fato de ser o lugar menos frio para conhecer legítimas terras vikings. Ficarei quatro noites lá, com tempo para bate-e-volta em alguma cidade de interesse próxima. Neste ano, preferi fazer assim: estabelecer uma base na capital e ficar mais livre para explorar as redondezas como quiser, sem cronogramas fechados e reservas de uma noite em mil hotéis.

Depois, desço de trem para Hamburgo em um dia, só para ir ao Wacken no outro. Este ano é, talvez, o melhor de todos os três em matérias de bandas que curto, então espero que o clima colabore! Depois do festival, volto a Hamburgo por duas noites, usando o tempo para me recuperar da quebradreira e, talvez, visitar um local que deixei para trás no ano passado. E é só de Alemanha por este ano. Deixo novos passeios para um futuro quem sabe próximo.

De Hamburgo, voarei para a maior cidade européia, que, graças às Olimpíadas, deixei para trás no ano passado. Terei nada menos que seis noites em Londres, para conhecer os fantásticos museus e relíquias medievais da cidade, além de explorar as redondezas. Sim, faltará tempo em uma cidade tão cheia de coisas, mas será legal poder passar um dia todo num museu ou no zoológico, sem pressa e preocupação.

Em seguida, atravesso meia Inglaterra de trem para chegar ao segundo destino viking da viagem: York. Ali serão duas noites, apenas para ter um dia completo na mais importante colônia nórdica na Grã-Bretanha. Convenientemente calculado, o litoral oeste do país fica relativamente perto, para onde irei pegar um ferryboat em direção a outra importantíssima cidade fundada pelos barbudos: Dublin. Serão cinco noites e, provavelmente, gastarei alguns dias fazendo passeios a outros pontos da Irlanda, país pequeno que permite esse luxo.

Daí entro na última etapa da viagem, virando tudo de pernas para o ar. Atravesso o continente inteiro para sair do verão com cara de outono do norte da Europa para mergulhar novamente no magnífico verão mediterrâneo. Afinal, eu jamais viajaria para a Europa sem visitar meu país do coração novamente (sim, já tou cheio de intimidade!). E é para a Grécia que volto mais uma vez, para conhecer lugares diferentes. O primeiro, Égina, é uma ilha bem próxima de Atenas e fácil de chegar, com algumas coisas interessantes para ver. Depois de duas noites lá e uma num hotel ao lado do porto de Atenas (por questões de logística), pego um ferry para meu destino final, Míconos, a mais badalada ilha da Grécia. Não é o agito que procuro lá, e sim a vizinha Delos, uma ilhota-sítio arqueológico dentre os mais importantes da Grécia antiga. Mas, em fim de viagem e com quatro noites em Míconos, tudo o que vou querer também é apenas relaxar e curtir as praias e paisagens, antes de retornar ao inverno meridional.

Então é isso. Com uma câmera na mão e milhares de páginas de História na cabeça, é hora de começar a diversão. Não perca a estréia, nesta sexta feira, e atualizações periódicas em um blog e Facebook pertinho de você!

3 comentários:

Rodrigo Oliveira disse...

Cara, não tenho Facebook, mas te acompanho por aqui, com certeza. Sempre próximo, vou de carona. Esse roteiro nórdico promete. Me amarrei. Abraço, bons ventos e até o próximo saque de cidade costeira.

Fábio Ricardo disse...

Foda!
Uma trilogia e tanto.
E Rodrigo, vou selecionar as melhores do Facebook pra te mostrar quando passares em casa.

mãe sara disse...

Eu também agradeço à Vida que tem te proporcionado estas aventuras! Diz um poeta que "viajar é trocar a roupa da alma..." Teu pai e eu vamos viajando e curtindo cada trajeto e curva destas andanças que farás!
Boa viagem!
E não nos deixe sem notícias.