Antes das aventuras na Inglaterra, seguem as aventuras no Wacken! Como o usual, será um texto maior que a média, pois gosto de falar um pouquinho de cada show visto, além das outras histórias. Então bora lá!
Wacken
Wacken
Depois
de uma noite descansada no hotel, foi hora de partir novamente para a Terra
Prometida dos metaleiros. Deixei o grosso da minha bagagem no próprio hotel,
levando apenas o necessário para sobreviver até domingo. Fui para a estação de
Altona (sim, ali na Itoupava Seca) para encontrar a Tati, vinda lá de Göttingen,
para pegarmos o trem para Itzehoe, e dali o ônibus para o festival. Desta vez,
nenhuma bomba apareceu pelo caminho e conseguimos chegar no Wacken em si cedo,
por volta do meio dia.
Tinha
chovido um pouco de manhã, o suficiente para criar um pouco daquela laminha
querida do ano passado. Como gato encharcado tem medo de céu com nuvens,
armamos nosso acampamento em uma colina desta vez, mesmo que a previsão fosse
de sol, para não irmos por água abaixo de novo. Ainda quando andávamos por lá,
uma húngara nascida na Romênia que vivia na Alemanha (e viva a globalização!)
pediu para armar as barracas conosco, pois estava sozinha, e ainda andou com a
gente por parte do dia.
Com
bastante tempo antes da primeira banda de interesse, fomos fazer aquelas
primeiras coisas para botar a casa em ordem: pegar a pulseirinha e a bolsa com
souvenirs do festival; deixar as coisas de valor no armário de segurança; comprar
merchandise oficial do festival; andar pela Wackinger Village para ver o que os
nerds metaleiros estavam aprontando para esse ano; e, logicamente, pegar o
primeiro litrão de cerveja de trigo, para exercitar os bíceps.
O
primeiro show que vimos foi do Haggard,
18:45, em um dos palcos menores. A banda leva longe a lógica de misturar metal
com música clássica, de um modo bem mais completo e interessante que a maioria
dos que seguem nessa linha. Ajuda o fato de que todas as pessoas que tocam os
instrumentos clássicos são membros efetivos, não músicos convidados. Então
minha curiosidade era ver como eles organizariam uma dúzia de músicos no palco.
Soou muito bem, tudo estava no volume certo e bem audível, menos... a voz do
vocalista principal! Essa só foi ser ouvida lá na terceira música, quando viram
que o volume estava muito baixo. Fora esse detalhe, o resto do show foi muito
bom, baseado bastante no "Eppur Si Muove", o terceiro e melhor dos
seus discos.
Feito
isso, fizemos a peregrinação aos palcos grandes, onde logo tocaria o Deep Purple. Por mais clássica que seja
a banda, nosso interesse maior era no show que viria depois, e já havia uma
multidão no palco ao lado esperando. Por isso, fomos lutar por nosso lugar lá e
acompanhamos o show dos velhinhos meio de lado, mais pelos telões. Não conheço
muito a banda (shame on me!) e Ian Gillian não tem mais metade da voz de antes,
mas eles ainda mandam muito bem, do alto de seus quase setenta anos.
Mas a
expectativa mesmo era para a banda que abriria o True Metal Stage, o maior
palco do festival. E bota expectativa nisso, pois estava todo mundo lá para ver,
pela primeira vez no Wacken, o Rammstein.
Segundo os próprios produtores, a banda era um sonho antigo. Perguntei para
Tati porque só agora e ela me disse que, mesmo sendo alemães, os shows deles no
país se esgotavam em horas. Tudo porque não são tantos assim e exigem uma baita
produção. E toda essa estrutura foi carregada até o Wacken.
Abriram
o show com a primeira música do último disco, "Rammlied", já
incendiando a galera. Teve mais duas do disco novo, e de resto tocaram todas
aquelas que eu gostaria de ouvir: "Wollt ihr das Bett in Flammen
sehen?", "Asche zu Asche", "Sehnsucht", "Du
hast", "Bück dich", "Links 2-3-4", "Feuer
frei!", "Sonne"... além de várias outras ótimas. Só faltou para
mim "Engel" e "Te quiero puta!", mas tudo bem. O show em si
foi animal, com cada música tendo uma performance teatral diferenciada. E
quando tocaram "Sonne", quem aparece no meio da música, como
convidado? Nada menos que o Roberto Carlos alemão, o rei da música brega
germânica, e amado por metade dos blumenauenses que conheço: o bom e velho
Heino! Passa a régua, fecha a conta: o Troféu Fefeleco de Melhor Show do Wacken
já tinha dono.
Com o
Rammstein terminava a primeira noite de shows do Wacken, que sempre é mais
curta. Paramos cinco minutos para olhar um tal de Henry Rollings Spoken Word, um ex-músico, jornalista, tentativa de
comediante fazendo algo que talvez fosse um stand up ou um tiozinho contando
histórias. Não era bom de nenhum jeito, então aproveitamos para tomar banho
antes de dormir, um horário conveniente em que não há filas enormes para os
chuveiros. Dali foi deitar e tentar dormir, às duas da manhã.
Logicamente
essa foi uma tarefa ingrata, e creio que só rolei e cochilei até a barraca
começar a ferver, já umas oito da manhã. Nove e pouco desisti, assim como a
Tati. O céu estava totalmente limpo e o sol, muito forte. Foi sem dúvida o dia
mais quente que já passamos lá. Muito melhor que a chuva, com certeza, e não
tínhamos o que reclamar a Thor e Zeus. Mas isso nos obrigou a, algumas vezes,
nos preocuparmos mais com sombra do que com visibilidade em alguns shows. E a
tomar vários e vários canecões de... água! Sim, além da inevitável cerveja,
nada melhor do que um litrão de água na goela e outro na cabeça para refrescar
a vida.
Como
levantamos cedo, conseguimos ver metade do show do Russkaja. É uma banda que faz uma apresentação bem-humorada de
rock-ska-música russa e toca praticamente todos os dias nos palcos menores.
Depois de alguns anos fazendo isso, deram a eles a oportunidade de tocar em um
dos palcos principais. Tá certo que às 11:00 da manhã, mas até que tinha um bom
público lá de divertindo.
Os shows
"para valer" começaram com o Tristania,
uma banda que já gostei, mas hoje em dia não acompanho. Não faz mais tanto minha
cabeça, e, sendo meio dia, foi melhor sentar numa sombra e esperar pela
próxima, o Eisbrecher. Esses fazem o
tal do Neue Deutsche Härte, ou, traduzindo, "Rammstein metal". O som
do Eisbrecher segue de perto o dos irmãos maiores, com menos melodia e mais
ênfase no bate-estaca. O show foi muito bom e o vocalista era bem carismático e
piadista. Foi uma das várias vezes nesse Wacken que gostaria de entender
alemão, e não precisar pedir traduções à Tati depois que todo mundo já tinha
rido.
Fugimos
do calor por uma hora e meia no Biergarten, onde aproveitei para comer algo
mais substancioso do que espetinhos de carne e cervejas de trigo, para às
quatro voltarmos aos palcos grandes. Tati foi ver o Ugly Kid Joe, enquanto eu,
com vontade de ouvir um black metal, fui no Ihsan. Não conhecia nada da banda além de saber que era do
ex-vocalista do Emperor, então tive uma agradável surpresa. A maioria das
músicas é lenta, arrastada ou melódica, focada mais na atmosfera que na
agressividade, com boas doses de heavy puro e vocais limpos. Do black, só o
onipresente vocal extremo, um dos mais insanos desde a época do Emperor. Mais para
o final, Ihsan nos mostrou que ainda tem uma Sombra, e vieram sonzeiras bem
violentas regadas a blasting beats. Um show legal que me fará pesquisar pela
discografia da banda.
Após
essa hora, nos encontramos de novo e tínhamos um longo tempo até o show. Fomos
então passear pela próprio vilarejo de Wacken, que já fica na porta do
festival. É realmente um lugar pequeno: possui duas ruas principais e uma ou
outra lateral. Nesta época, tudo, mas literalmente TUDO, gira em torno do
festival. Cada habitante bota em seu quintal um estande para vender comida ou
bebida. Os velhinhos colocam suas cadeiras na varanda para observar o movimento
e rir das loucuras da molecada. Os fazendeiros fazem comboios para desfilar com
seus tratores na rua. Os religiosos distribuem "Bíblias Heavy Metal",
que nada mais são do que Novos Testamentos acompanhados do depoimento de roqueiros
e metaleiros cristãos. Em resumo: tudo na mais perfeita paz e harmonia entre
uma sossegada vila bem de interior e uma legião de fãs do mais controverso dos
estilos musicais.
Aproveitamos
para tirar um cochilo sob a sombra no agradável gramado da igreja local, com as
sepulturas das importantes famílias wackeanas ao lado. Daí voltamos ao
festival, onde demos algumas voltas e aproveitei para comprar umas camisas de
banda difíceis de encontrar no Brasil. Eram nove horas quando começaria o
próximo show, e daí tive que tomar uma decisão difícil. Na mesma hora tocava o
Mötorhead, banda que adoro, e o Corvus Corax, que não conhecia, mas sabia que
era de um estilo que curto. Escolhi, com pesar no coração, o segundo, o que se
mostrou uma decisão acertada por três motivos. Primeiro, eu já tinha visto dois
shows do Mötorhead em 2011. Segundo, este seria o primeiro show da banda após o
vocalista lenda-viva Lemmy quase virar lenda-morta com um problema cardíaco. Pelo
jeito ele ainda não estava recuperado, pois, após meia hora e seis músicas,
tiveram que deixar o palco porque o vocalista não aguentava mais.
O
terceiro foi simples: o show do Corvus Corax
foi excelente. Eles fazem música celta e viking puramente folclórica, com vocais
rústicos, uma infinidade de instrumentos tradicionais e um trabalho enérgico de
percussão. É o tipo de coisa que não tem nada de metal, ou mesmo rock, mas é
adorado pelo público metaleiro (principalmente os europeus), então a banda teve
um bom público e ótima aceitação. E dá-lhe pulos, palmas, dancinhas de braços
dados e batidas de pé no chão.
Pulamos
direto para o palco ao lado para a headliner da noite, o show de trinta anos de
carreira da "rainha do metal", Doro.
Quis assistir por puro interesse bibliográfico, pois a moça (nem tanto, já nos
seus cinquentinha) é um dos ícones da estilo, embora eu não conheça quase
nenhuma música. E dá-lhe aquele heavy metal oitentista puro, com seus refrões
para cantar junto e riffs de guitarra básicos. Uma multidão de convidados fez
parte do show, e a Doro parecia bem feliz e emocionada, quase uma criança na
sua primeira vez no palco, o que foi perfeitamente resumido pela Tati na
alcunha "Xuxa do metal".
Quando
terminou, era meia noite e ainda teria shows até três da manhã. Tati foi
assistir mais um, mas eu entreguei os pontos e fui tomar banho e dormir, pois o
sábado seria barra-pesada. Além de ser o provavelmente o último desta minha
sequência de Wacken, a maior parte das bandas que eu queria ver tinha ficado
para este dia.
Claro
que nunca se dorme exatamente bem num festival desses, mas estava tão cansado
que consegui apagar rapidamente. O dia começou bem mais fresco também, e a
barraca demorou mais para esquentar. Levantamos depois das dez e ficamos
algumas horas aproveitando as barraquinhas medievais da Wackinger Village, onde
pudemos, como sempre, testar nossa (falta de) habilidade com armas medievais.
Eu morreria fácil se tivesse que arremessar um machado ou disparar um arco
naquela época, mas se fosse um besteiro até que me daria bem...
Os shows
do dia começaram 13:30, com o Fear
Factory, os pais do metal industrial. Gosto do som violento dos caras, que
mostra como foi inadequado o uso do rótulo para definir bandas como o Rammstein
no início de carreira, pois está mais para thrash metal do que para musiquinhas
dançantes. Mas não me incomodei de ver o show sentado na sombra.
O show
que veio em seguida era um dos que eu mais esperava, pois o Die Apokaliptischen Reiter é uma banda
que gosto muito, mas é quase desconhecida no Brasil e dificilmente faria uma
turnê por lá. Não me decepcionei: a banda soou muito bem ao vivo e teve uma
performance bem humorada, apesar de ter um pé no metal extremo. Não tocaram
minha favorita, "Friede sei mit dir", mas não se pode esperar que
cada fã tenha todos os seus desejos atendidos, né?
Fomos
então da Alemanha para a Finlândia, do industrial para o melódico com o Sonata Arctica. Também nunca ouvi o som
deles, que é aquele metal melódico mais limpo, cadenciado, cheio de sintetizadores,
sem surtos de velocidade. A performance da banda, no entanto, foi muito boa, e
o vocalista mostrou um jeito, vamos dizer, extremamente "curioso" de
se despedir em um show de metal. Durante o show, as nuvens vieram e uma pancada
de chuva se abateu sobre nós. Felizmente foi só nesse momento e o sol voltou
depois, então tudo o que tivemos que enfrentar foi mais alguma lama em alguns
pontos.
Gastamos
mais algumas horas na Wackinger (sim, é o melhor lugar para passar o tempo lá),
o que incluiu o show de uma das bandinhas que tocam todos os dias no pequeno palco
do setor. O Wacken vale quase tanto por esses pequenos shows quanto pelos
grandes, pois eles escolhem bandas que, além do som com pegada folk que a
galera adora, fazem apresentações divertidas. Nesse caso, o Feuerschwanz (algo que pode ser traduzido
como "pinto de fogo") vai além e faz uma apresentação teatral de
comédia mesmo, junto com seu folk rock feito para pular. Eu gosto do lado
"sério" do folk, mas sempre é legal ver uns caras de armadura e
roupas medievais prontos para rir de si mesmos.
Voltamos
ao palco principal para ver os pioneiros do doom Candlemass. Conheço apenas os dois primeiros discos da longa
carreira da banda, mas não imaginava que o som funcionasse tão bem ao vivo. O
som lento, com riffs arrastados e macabros, aliados a um vocal limpo muito
acima da média, cheio de feeling, criou o ambiente perfeito para bater cabeça e
viajar completamente imerso na música. A cerveja e o hidromel da Wackinger
podem ter tido alguma parte nisso, mas foi um dos melhores shows do festival
para mim.
Logo em
sequência, outro dos shows mais esperados por nós. Tanto eu como Tati somos fãs
do Nightwish (é ou já foi a banda favorita dela) e ambos estávamos
decepcionados com os rumos após chutarem a vocalista Tarja Turunen e botarem a
meia boca Anette Olzon no lugar. O que de melhor poderia ter acontecido, então,
quando há um ano chutaram essa mesma guria e colocaram lá aquela que é, na
minha opinião, a melhor vocalista do metal, a ex-After Forever Floor Jansen? Eu
tinha tanto a expectativa de ver as músicas da banda ao vivo quanto a de ouvir
a Floor, já que o After Forever já acabou. A segunda foi cumprida com mérito:
ela canta demais ao vivo, do mesmo modo que nos discos, e possui um carisma
fantástico. A primeira ficou devendo um pouco: eles focaram a apresentação no
material mais novo, dos discos com Anette. Uma escolha natural até, pelo fato
deles terem escolhido o Wacken para gravar um DVD ao vivo, e já tem vários
representando as músicas da "fase clássica". Teve, felizmente,
algumas do último disco com a Tarja, o "Once", além de duas do meu
favorito, "Bless the child". Mas, dos três primeiros discos, apenas
"She is my sin" foi tocada (uma ótima escolha, por sinal!). Quando
voltaram para o bis e anunciaram uma última música, eu gritava por uma velharia
por dento ("Wishmaster", cadêêêê?), mas eles escolheram fechar com
mais uma música nova. Isso não se faz nunca em um show, pois não agita ninguém
como deveria, e deixa um gostinho amargo na boca dos fãs mais antigos. Não
posso negar que foi um puta show do mesmo modo, só ficou esse porém que os
deixa de fora do meu Top 3 deste ano.
O
festival se encaminhava para seu final, mas ainda tínhamos uma hora para curtir
os arredores antes do último show, 1:45. Nada melhor do que encerrar o último
festival com a mesma banda que encerrou o primeiro, o Subway to Sally. Novamente foi um show excelente, e eles estavam
soando mais folk do que nunca (a banda é classificada como folk metal, mas o
material que conheço não parece muito). Não precisava pedir mais nada, com um
final desses.
Mas o
que você faz quando são três da manhã, e você pretende desmontar o acampamento
às cinco para pegar cedo o ônibus de volta a Itzehoe? Vai para a barraca dar
uma descansada antes da cansativa jornada de volta, não é? Errado! Bem, é o que
tínhamos feito nos outros anos, mas desta vez pareceu uma idéia muito melhor
pegar o último litrão de cerveja e sair dando voltas no acampamento por duas
horas.
É engraçado
como as coisas são diferentes na Alemanha: quando acaba o festival, tudo fecha
e as pessoas vão realmente para suas barracas dormir. Você vê poucos pontos
onde pessoas ainda se divertem, e raras almas caminhando pelas ruelas de barro.
Nós descobrimos locais que nem imaginávamos que existiam, pois a área de
camping é muito grande e sempre ficamos por perto da área dos shows. Foi legal
pois não foi um final melancólico com clima de "ah, já acabou?", mas
divertido e regado a piadas e descobertas nas pilhas de escombros deixados pelo
pessoal que já tinha ido embora.
Melancólica
foi apenas a volta em si, na qual cada passo era doído e cada tentativa
frustrada de sobrar a barraca, um apocalipse particular. Tivemos a caminhada
até o ônibus, depois os 45 minutos até Itzehoe, depois o trem de uma hora até
Hamburgo. Tati ainda encararia uma jornada maior até sua cidade, e eu teria que
ir até o hotel onde tinha deixado as malas e atravessar a cidade até meu outro
hotel, perto do aeroporto. Quando cheguei no hotel, praticamente morto,
perguntei se, como eram hotéis da mesma rede, não poderia transferir a reserva
para lá. Meus olhos brilharam quando ela disse que sim, só teria que esperar um
pouco para um quarto ser liberado. Esperei (ou melhor, apaguei) por um tempo
indefinido no hall do hotel antes da moça me acordar e eu me arrastar até o
quarto. Pouca coisa pude fazer além de tomar banho, engolir um par de Snickers
e deixar na cama, ao meio dia.
Bati
todos os meus recordes ao dormir mais de vinte horas seguidas, acordando só
ocasionalmente para ver as horas e rolar de lado. Levantei oito e meia e
aproveitei para destruir no café da manhã do hotel. O dia não foi diferente do
planejado, para descansar e recuperar as energias. Nem tive ânimo para ir ver o
museu da emigração, que tinha ficado devendo na última passagem por Hamburgo.
Apenas caminhei até uma rua comercial próxima, onde achei uma lavanderia
automática (e foi só ficar cinco minutos parado, olhando para os cartazes em
alemão, para um outro cliente me perguntar em inglês se eu precisava de ajuda),
uma loja de sapatos (para comprar um substituto para meu outro tênis alemão,
que resistiu heroicamente por dois anos e três Wackens) e almoçar uma
currywurst (pois não dá para passar pela Alemanha sem comer uma salsicha!).
O Wacken
foi, em uma palavra, fenomenal. É difícil comparar com o primeiro, onde tudo é
novidade e também houveram muitos shows ótimos, e fácil de comparar com o
segundo, onde a chuvarada forçou a barra e dificultou as coisas. Mas talvez
tenha sido o melhor de todos. E, no final, quando eles anunciam algumas bandas
já confirmadas para o ano que vem, dá vontade de já comprar o ingresso de
novo... Bem, talvez eles não esgotem antes de dois meses, então ainda dá para
pensar no assunto!
3 comentários:
Depois de ficar quase a tarde toda para ler o post e, mesmo já sabendo de algumas coisas, posso dizer que me senti com vcs em alguns momentos. :)
Fico feliz que o tempo colaborou dessa vez e que vc se divertiu.
Saudades. ;*
O.k. Fiquei cansada só de ler tanta aventura! Achei graça do nome das bandas. AH! não é "pinto de fogo"- é "rabo de fogo".
Feliz que curtiste e aproveitaste tanto! Engraçada a mistura de metal com o folk e "brega".
Segue com alegria
mãe
É isso aí filho. A música está em nosso sangue. Eu com teclado, a mana com bateria e você com a guitarra. Por que não fazemos um trio? Já tenho até sugestão para o nome: Trio RO-SU-MEK há, há, há. Abração e curta, curta mesmo!
Pai
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