Depois de muito tempo, desde o agora longínquo Congresso de Eco, eis que surge uma poesia... Daquelas escritas de supetão, no morrer da noite, almágama de desatinos e invenções...
LXLVI. Retorno
29/03/08, 4:40
O bom e velho retorno solitário
Velho caminho a um novo Santuário
Novamente a solidão, passos dentre a vastidão
Onde devaneios e delírios levam à nova ação
No caminhar os pensamentos, tão tristes alentos
Para sonhos só sonhados, oníricos eventos
A mente paira insana, sobre um mundo a sentir
Ruínas e relíquias de um ato a nunca vir
Na noite o Caminhante Solitário admira as estrelas
Em sua eterna busca, suas mais fiéis companheiras
Ele pensa e titubeia, se no sonho insistir
Ou render-se à realidade, esquecer-se e sorrir
(um carro passa ao lado
um insulto inesperado
o Caminhante nem se importa
com tal mente suja e morta...)
Em meio ao passo ele recorda
De como ela atinge suas notas
Um sorriso para cada riso
Sua companhia, seu motivo
Em meio à treva ele se indaga
Por que ante ela sua voz trava
Tanta panacéia quando não há mágoa
Mas naquele então ele se aquieta e cala
Tão simples lhe parece no retorno solitário
Como seria fácil fazer tudo ao contrário
Então ele sorri, ante sua própria mente insana
Seria tão difícil dizer-lhe o quanto ele a ama?
Tão palpável, noite fria, Deus e Diabo já sabiam
Confessar-lhe a ousadia, como numa poesia
Mas o ar já não se move, a musa já dormia
Quando o Caminhante se consola, dentre sua ironia...
(Um terreno lodoso onde é arriscado pisar
Um jogo de sutilezas onde é perigoso tentar
Nenhum lado se rende, ninguém vai admitir
Outra noite se esgota, às paixões só resta dormir...)
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